terça-feira, 17 de maio de 2011

Escolho meus amigos pela pupila...


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

(Autor: Oscar Wilde)

domingo, 1 de maio de 2011

equilíbrio


Se tem dias que a gente se sente, tem dias que preferimos não sentir…
Dias que parecem nos minimizar para alcançarmos.
Mas…
É onde percebemos que a altura não é o problema.
O problema é a forma com que olhamos para o foco…
Independente de estar acima ou abaixo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Acorda, pega um mapa e anda!


Louvre, Torre Eiffel, Notredame.
Frio, frio e frio pra cacete.
Romântica Paris?

Um menino mijando de 30 cm de altura.
Simplicidade, pequenas coisas e boa comida.
Bruxelas, pouco falada, mas muito aproveitada.

Uma história infantil ou um cenário de filme?
Belas paisagens e uma perfeita cerveja.
A minúscula e fantástica Bruges.

Educação contagiante e organização sem esforço.
Lê-se na parece: A lei na liberdade.
Cada canto da Holanda, e suas bicicletas, surpreendem.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

República = Casa de estudantes


Acabo de conhecer o que é uma república,
após 8 anos de estudos.

Uma república é bem legal,
sentar na sala e conversar sobre o que tem pra fazer,
quando estiver cansado ir pro quarto e ficar sozinho,
comprar algumas coisas pra comer e dividir.

Isso tudo é legal,
bem legal.
Mas o que vivi não era isso...

Sinto falta de ofender na cara,
de intimar alguém a beber comigo ao meio dia.
De chingar quem eu quiser,
de ficar chateado por ter chateado alguém.

Sinto falta do choro de um,
das cagadas do outro,
de dividir os bons momentos,
e, principalmente, os ruins.

Sinto falta de atitudes idiotamente sensacionais,
como arrebentar o chão pra ter uma horta.

Sinto falta dos amigos que sempre estão juntos,
que fazem parte do que somos,
que vão até lá e dizem com sinceridade:
"Nunca vi uma amizade como a de vocês!"

Eu não vivi até hoje em uma república,
nós construímos uma família.
E nossa família não é bem legal,
ela é do caralho!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Engarrafamento sem carros



Ter o mesmo norte,
segurar a mesma corda.

Se soltar e pular,
rabiscar sem poder apagar,

Duvidar do que se sente,
sentir que está com dúvidas.

Arrependimento?
Sorte?
Destino?

Novidades que fazem bem.
Novidades que atormentam.

Afinal,
mais do mesmo é mais do menos…

domingo, 17 de outubro de 2010

Porto, cheguei!



Confesso que estava com um certo receio: "Chegar na segunda maior cidade de Portugal? Deve ser uma merda igual toda grande cidade que conheci!". E me surpreendi, uma cidade grande, com ar calmo, ares de litoral, rotina de interior e arquitetura de cidade histórica.

Nestes três primeiros dias chegam as primeiras impressões, dizem que as primeiras são as que ficam (ou é só a primeira mesmo?)… Conheci meu apartamento e onde vou trabalhar, tomei chopp, andei pela cidade durante o dia e a noite, presenciei uma queima de fogos em comemoração ao lançamento do maior foguete do mundo (entrou para o livro Guiness), fui ao shopping, comi comida típica e fast food que tem em todo lugar, fotografei muito do que vi.

Se há algo para se falar desses três dias é que a cidade é inspiradora.

Próximo passos? Conhecer ainda mais, trabalhar um pouco, fotografar o que aparecer, e comprar uma câmera Lomo para brincar um pouco, estou ancioso.

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Fato curioso: Saindo do shopping ouvi um "bonjour" e nem olhei, um "¡Hola!" e continuo seguindo devagar, surgem outros cumprimentos até que olho, era um garotinho, cerca de 13 anos, me olhando e tentando me cumprimentar adivinhando de onde eu era (eu estava com minha grande câmera na mão e, possivelmente, ar de turista). Quando eu olhei ele disse "Hello!" e eu respondi na mesma língua, errei, deveria ter falado "Rashverskóvi!" e fingido ser desses países que chingam ao invés de falar… iria motiva-lo a aprender ainda mais.

domingo, 19 de setembro de 2010

o peso da leveza



há dias penso como seria se fosse,
como será quando for,
e como é enquanto não foi…

tudo que houve, há e haverá
é, foi e será sempre tão inesperado
que faz com que seja temperado com a perfeição.

hoje eu respiro fundo e o ar me faz muito bem,
amanhã é impossível dizer,
mas em alguns momentos o importante não vem ao caso,
e o que se sente é o que se vale,
sendo mais que suficiente pra sorrir,
sempre.